Escolas devem realizar estudos de recuperação no RS

Iniciativa da Seduc visa combater a evasão escolar e fortalecer a permanência do aluno na escola. Pesquisa vai ser aplicada de 6 a 10 de fevereiro

Foto: Alina Souza/CP Arquivo

O combate à evasão escolar e o fortalecimento da permanência do aluno em sala de aula são os objetivos do “Estudos de Recuperação”, iniciativa da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), que deve ser aplicada pelas escolas entre os dias 6 e 10 de fevereiro. O projeto prevê a realização de provas e trabalhos, que serão aplicados em alunos que apresentarem resultado inferior à média anual ou com frequência menor que 75%.

O programa visa oferecer um plano de estudos para que os alunos possam, individualmente, recuperar as aprendizagens necessárias para a continuidade da vida escolar e avanço do ano letivo. No plano de estudos de recuperação, devem ser indicados aos estudantes os materiais para estudo, podendo ser utilizados livros didáticos, plataformas de leitura e conteúdos da plataforma Google Sala de Aula, por exemplo.

O supervisor e/ou a equipe diretiva fica responsável pela organização das atividades presenciais, bem como garantir a execução do cronograma de ensino organizado pela escola. Uma cópia desse plano deve ser disponibilizada à família do estudante, juntamente com o boletim de desempenho.

Segundo a secretaria, os alunos que ficaram em recuperação não desenvolveram as habilidades e competências estabelecidas no Planejamento Anual 2022 e, por isso, terão direito a um período para estudos de recuperação e oportunidade de avaliação das aprendizagens.

A secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, avaliou que o projeto representa uma chance para consolidar as aprendizagens, considerando a singularidade de cada aluno e a diversidade das causas determinantes das situações de recuperação. “As oportunidades na escola são as mais importantes da vida dos estudantes. É preciso olhar diferenciado para cada um deles. O contexto da pandemia já criou redução das competências cognitivas e socioemocionais e se torna necessário avaliar os impactos sociais e socioeconômicos destes alunos no seu desenvolvimento pessoal e em seu futuro profissional”, considera.

A titular da pasta vai permanecer no cargo na segunda gestão do governador Eduardo Leite, que toma posse em 1º de janeiro. Raquel está há quase dois anos à frente da Seduc e, entre as ações para a nova gestão, vai ter o desafio de atingir a meta de mais de 500 escolas de Ensino Médio em tempo integral, até 2026, e a criação de um sistema de monitoramento do Programa Estadual de Apoio à Alfabetização (Alfabetiza Tchê). Esse projeto vai buscar, a partir de 2023, alfabetizar todos os estudantes das redes municipal e estadual, da Educação Infantil ao fim do 2º ano do Ensino Fundamental.

Pedagógico
Para a diretora do Departamento Pedagógico, da Seduc, Letícia Grigoletto, a proposta de recuperação e avaliação entre os períodos de 2022 e 2023 visa realizar um resgate das aprendizagens e permitir aos estudantes io avanço escolar para o ano seguinte por meio da realização efetiva das atividades propostas nas escolas no período.