Cristina Kirchner é condenada a seis anos de prisão por corrupção

Tribunal também decidiu que a vice-presidente da Argentina não pode assumir mais nenhum cargo público durante a vida

Foto: Gabriel Cano/Comunicação Senado

Um tribunal argentino condenou a vice-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão, nesta terça-feira. A Justiça também decidiu que a ex-presidente não pode assumir mais nenhum cargo público durante o resto da vida.

Kirchne é acusada de ter cometido irregularidades na concessão de 51 contratos de obras públicas na província de Santa Cruz a companhias pertencentes ao empresário Lázaro Báez, durante o mandato como presidente, de 2007 a 2015, e o do marido e antecessor dela na Presidência, Néstor Kirchner, entre 2003 e 2007.

Em uma breve fala, Kirchner lamentou a decisão da Justiça e deu a entender que a condenação havia sido elaborada antes mesmo do início das audiências do processo. “Há três anos avisamos que a sentença já estava escrita”, disse a vice-presidente.

A pena imposta a Kirchner é menor que a pedida pelos promotores, de 12 anos de prisão. Diego Luciani e Sergio Mola acusaram a viúva de Néstor de ter liderado uma associação ilegal que fraudou o Estado, com dezenas de irregularidades cometidas em um suposto conluio com Báez, sócio comercial da política, de acordo com informações do jornal argentino Clarín.

Assim como Kirchner, a Justiça condenou o empresário a seis anos de prisão por administração fraudulenta. Além dos já citados, foram sentenciados José López e Nelson Pieriotti, a seis anos; Mauricio Collareda e José Raúl Santibáñez, a quatro anos; Raúl Daruich, a três anos e seis meses; Raúl Pavesi, a quatro anos e seis meses; e Juan Carlos Villafañe, a cinco anos de prisão.