A atividade da construção civil deve fechar 2022 com um incremento em torno de 6% no país. Para 2023, o otimismo remete o setor para um momento propício para investimentos e espera-se a continuidade de crescimento, porém em um ritmo mais moderado. O desempenho e as perspectivas do setor foram abordados pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Claudio Teitelbaum durante o Tá na Mesa desta quarta-feira, 16, promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul). Na oportunidade, o diretor da Rádio Guaíba, Jefferson Torres, entregou uma placa para o presidente Anderson Cardoso, presidente da Federasul, em homenagem pelos 95 anos de fundação da entidade.
Segundo Teitelbaum, a construção civil apresentou crescimento nos últimos oito trimestres no país. Depois de registrar em 2021 o melhor desempenho desde 2010 (9,7%), a atividade encerrou o primeiro semestre de 2022 com alta de 9,5% comparado com igual período do ano passado.
Os resultados foram superiores ao PIB Brasil, o que consolida a importância da atividade como locomotiva do desenvolvimento, gerando emprego e renda de forma imediata. No Brasil, no acumulado deste ano (até setembro), a construção civil foi responsável pela geração de 283.566 novos postos de trabalho no País e 9.234 no RS. Hoje são mais de 2,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada no Brasil e 127.088 no RS.
“Estamos otimistas com relação ao desempenho para 2023, projetando um desempenho estável, mesmo que pequeno. Muitos clientes estão antecipando a quitação de financiamentos com receio de um processo recessivo da economia no próximo ano, mas apostamos em uma alta da velocidade de vendas”, diz Teitelbaum.
O mercado imobiliário foi o segmento que puxou o bom desempenho da construção civil, demonstrando grande resiliência diante das dificuldades advindas com a pandemia. Na abordagem sobre perspectivas, contribuem para a projeção de um bom incremento na atividade em 2022 a demanda consistente, mudanças nas regras e condições de financiamento do Programa Casa Verde e Amarela, desaceleração da inflação, crédito imobiliário em patamar elevado e o investimento em infraestrutura que ainda apresenta muitas carências.
“Mesmo com o futuro sempre envolvendo incertezas, sustentamos as projeções em indicadores como a atividade se destacando na participação do PIB, com o aumento de postos de trabalho, com a confiança dos empresários que preveem aumento em lançamentos de imóveis, por exemplo. Mas ao mesmo tempo ainda monitoramos desafios como taxas de juros, falta de mão de obra qualificada, condições de financiamento imobiliário e cenário político”, concluiu o dirigente.