Equipe de Lula quer R$ 22 bilhões para Mais Médicos, Farmácia Popular e saúde indígena

Grupo voltado à discussão de questões ligadas à saúde elabora um texto com os números para ser enviado ao Congresso Nacional

Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado / CP

O grupo de saúde da equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai pedir R$ 22 bilhões para a área a partir da liberação de espaço orçamentário na proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA).

O senador Humberto Costa (PT-PE), integrante do grupo, afirmou nesta quinta-feira que a grande preocupação é com o desabastecimento, considerado como “emergencial para ser trabalhado”. O parlamentar defende a manutenção do programa Mais Médicos e considera que medicamentos da Farmácia Popular e a saúde dos indígenas também são temas caros ao governo eleito.

“Já fizemos a proposta e estamos aguardando o retorno disso”, afirmou o senador. De acordo com ele, os principais pontos a serem contemplados ainda serão confirmados em reunião com lideranças partidárias e outros parlamentares.

Mais Médicos
O Mais Médicos, lançado pelo governo federal em 2013, durante a gestão Dilma Rousseff, buscou dar apoio a estados e municípios com o objetivo de promover a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Com o programa, médicos foram enviados a regiões onde com escassez ou ausência de pessoal.

Em 2018, o governo cubano anunciou a retirada do país do programa brasileiro. No intervalo de cinco anos, cerca de” 20 mil colaboradores cubanos ofereceram atenção médica a 113 milhões 359 mil pacientes, em mais de 3.600 municípios”, segundo o Ministério da Saúde Pública de Cuba, país com ditadura de esquerda para o qual Lula demonstrou ter uma relação próxima.

Em abril deste ano, o presidente Jair Bolsonaro lançou o programa que sucedeu o Mais Médicos, chamado de Médicos pelo Brasil. Na ocasião, anunciou o reforço de mais quatro mil profissionais da saúde como integrantes do novo programa.

Futuro ministro da Saúde
Uma proposta com todos os pontos vai ser elaborada e enviada ao Congresso. O relatório vai ficar a cargo do ex-ministro José Gomes Temporão, que é cotado para voltar à liderança do Ministério da Saúde. Outro nome que também pode assumir a pasta é o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, coordenador o grupo.