Manifestantes protestam em frente ao Comando Militar do Sul, em Porto Alegre

Atos ocorrem também junto ao quartel do 16° Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, em São Leopoldo

Apoiadores de Jair Bolsonaro não aceitam derrota do presidente | Foto: Alina Souza/CP

Manifestantes favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro seguem na tarde desta quarta-feira,  com atos pacíficos em frente a sede do Comando Militar do Sul (CMS), no Centro Histórico de Porto Alegre, e junto ao quartel do 16º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (16º GAC AP), no bairro Cristo Rei, em São Leopoldo, no Vale do Sinos. Em ambas as manifestações, construídas em grupos nas redes sociais, há a presença de faixas, bandeiras do Brasil e camisas verde-amarelas.

Na Capital, o ato causau bloqueio do trânsito por parte da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) na rua Sete de Setembro, entre a Bento Martins e a General Canabarro, e na Padre Tomé, entre a Siqueira Campos e a Andradas. Já em São Leopoldo, não houve desvios, e os motoristas precisaram encarar congestionamentos na avenida Unisinos e vias próximas, que foram tomadas pela manifestação. Em comum, os participantes bradaram expressões como “O povo unido jamais será vencido”, “Eu autorizo” e “A nossa bandeira jamais será vermelha”.

Logo cedo da manhã, a avenida Mauá, um dos principais acessos de Porto Alegre a partir da região Metropolitana, foi tomada pelos veículos que traziam adesivos em apoio a Bolsonaro, e cujos passageiros vestiam as cores da bandeira nacional. Houve congestionamentos no trânsito, cujo fluxo foi acompanhado por agentes da EPTC. O movimento começou a se acentuar no final da manhã e início da tarde no entorno do CMS. Conforme relatos, muitos dos participantes vieram de outros municípios.

Alguns chegaram à Capital vindos pelo Trensurb, enquanto outros fretaram ônibus. Entre estes, havia participantes da manifestação ocorrida na tarde de terça-feira em frente a um posto de combustíveis às margens da BR-116, em Novo Hamburgo. A mudança de local foi motivada por um tumulto, mais cedo na terça, entre bolsonaristas e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no quilômetro 239 da rodovia, na mesma cidade. Eles utilizaram gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que não teriam aceitado uma negociação para desbloquear a BR-116.

Nesta quarta-feira, o governo do Estado segue com as ações determinadas pelo Gabinete de Crise para desbloquear as estradas gaúchas. De acordo com o governador Ranolfo Vieira Júnior, a prioridade era “garantir a segurança para que o abastecimento de combustíveis no Estado transcorresse dentro da normalidade”, por meio da liberação das bases de distribuição de combustíveis em Canoas e Esteio, como a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), o que, de fato, aconteceu, por meio da manutenção dos efetivos da Brigada Militar (BM) no local durante o dia.