Na primeira semana de novembro, o mercado financeiro brasileiro terá um problema a menos para gerar incerteza. Ou não. O Brasil já sabe que os eleitores escolheram como novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assim como o Rio Grande do Sul escolheu Eduardo Leite (PSDB) como seu governador. Agora, a preocupação fica por conta do anúncio da equipe dos dois eleitos, especialmente na economia.
No cenário nacional, de prático, o comportamento das cotações do dólar e da bolsa de valores darão uma prévia sobre a leitura que o mercado financeiro fará do comportamento das urnas. Mas os resultados podem vir aos poucos, a partir do anúncio dos planos desses agentes sobre a política econômica do país. A escolha da equipe que vai dirigir a economia será fundamental para determinar o tal do “risco Brasil” para os investidores.
O certo é que as decisões deverão ir além do que foi proposto na “Carta para o Brasil do Amanhã”, documento divulgado na última quinta-feira, 27, pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Há uma promessa de combinar responsabilidade fiscal e políticas sociais, conhecendo-se apenas o orçamento de 2023 e a crise fiscal projetada.
E os setores econômicos já dão sinais de colaboração. “O setor bancário, que tradicionalmente se posiciona com pautas voltadas para o desenvolvimento do país, está à disposição para colaborar com o novo governo”, afirmou o presidente da Febraban, Isaac Sidney.