Mulher decapitada era ex-integrante de facção, revela Polícia de São Leopoldo

Vítima pode ter sido morta após perder carga de drogas comprada pelo bando a que pertencia

Local em que o corpo foi encontrado, no dia 8 de outubro. Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil confirmou à Rádio Guaíba, nesta quarta-feira, que a mulher encontrada decapitada, em uma plantação de eucaliptos, no dia 8 de outubro, em São Leopoldo, era Silvia Letícia Bueno, de 41 anos, ex-integrante de uma facção que atua no Vale do Sinos. O cadáver, em estado avançado de decomposição, havia sido coberto com cal e tinha uma das mãos arrancada. Um cortador de lenha encontrou o corpo nas proximidades da estrada Presidente Lucena, no bairro Scharlau.

Segundo a corporação, a vítima tinha antecedentes por tráfico de drogas. No entanto, segundo as investigações, a morte ocorreu por desavenças internas com o bando e não em decorrência de uma disputa entre traficantes, como havia sido aventado inicialmente.

“No caso dela, a morte está relacionada a um ‘tombo’ que ela deu dentro da organização, e não a um confronto com outra facção”, declarou o delegado André Serrão, titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e de Proteção à Pessoa de São Leopoldo (DPHPP). “Foi uma questão que surgiu dentro da facção, por ela ter perdido uma carga e [a facção] ter tomado prejuízo”, destacou.

De acordo com o delegado, a descoberta do cadáver ocorreu cerca de dez dias após o crime. Serrão afirmou que ainda não foram identificados suspeitos do assassinato.