Polícia contesta versão de legítima defesa alegada por petista em morte de bolsonarista

Apoiador do PT atingiu eleitor do presidente com faca após luta corporal; autor teve prisão em flagrante

José Roberto Gomes Mendes, 52 anos, assassinado após discussão sobre política. Foto: R7 / Divulgação

A Polícia Civil informou, nesta quinta-feira, que a alegação de legítima defesa apresentada pelo suspeito Luiz Antônio Ferreira da Silva Santos, apoiador do ex-presidente Lula (PT) que matou a facadas um amigo dele, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), na terça, em Itanhaém, litoral de São Paulo, não vai ser aceita na investigação.

A vítima é José Roberto Gomes Mendes, que não resistiu aos golpes de arma branca. O suspeito do crime teve a prisão em flagrante decretada e vai ser indiciado por homicídio doloso. O assassinato, de acordo com testemunhas ouvidas pela polícia e com o próprio suspeito do crime, teve como motivo uma discussão política.

“A motivação, as circunstâncias, a intensidade das agressões e, especialmente, a quantidade [das facadas]. Por hora, essa argumentação de legítima defesa não foi aceita”, afirmou o delegado responsável pelo caso Arilson Veras Brandão.

Ao chegarem ao local, os policiais depararam com um homem de 52 anos caído no chão e com vários ferimentos no rosto, costas e pescoço, provocados por um objeto perfurocortante.

Em seguida, os policiais conseguiram prender um homem de 42, que disse ser amigo da vítima. O agressor também confirmou que ambos residiam na mesma casa. Segundo o homem, a faca era do amigo e, na hora da confusão, a vítima caiu sobre a arma.