Professor é denunciado por importunação sexual e estupro de vulnerável em escola de Alvorada

Docente, de 40 anos, já havia sido indiciado pela Polícia Civil no último dia 15

Foto: Polícia Civil/Divulgação

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou um professor da rede estadual em Alvorada por importunação sexual e estupro de vulnerável, em um caso envolvendo uma adolescente de 13 anos de idade. A peça chegou à Justiça nessa segunda-feira.

Conforme o MPRS, a promotora Karinna Licht Orlandi, responsável pela denúncia, detalhou que o docente, de 40 anos, se aproximou, por diversas vezes, das quatro meninas que relataram as situações às autoridades no fim de junho, impondo contato físico sem consentimento das vítimas, abraçando as alunas pela cintura, apertando, forçando abraços e beijos no rosto e pescoço.

Ainda segundo a peça, mesmo sendo repelido pelas vítimas, o professor voltava e puxava as alunas pela cintura, impondo novos contatos físicos constrangedores. “Agindo assim, o acusado praticou atos libidinosos sem o consentimento das vítimas, para satisfazer interesses privados de cunho sexual. O denunciado praticou os delitos aproveitando-se do cargo de professor que exercia no educandário”, explica.

Na denúncia, a promotora alertou, ainda, que é preciso denunciar e combater esse tipo de violência contra meninas e mulheres. “Comportamentos desta natureza não podem ser naturalizados e aceitos como brincadeiras, consistem em verdadeiro crime de importunação sexual”.

O professor já havia sido indiciado pela Polícia Civil, pelos mesmos crimes, em 15 de agosto. Como medida cautelar, a Justiça já havia determinado ao denunciado a proibição de exercer a profissão de docente enquanto responde ao processo criminal. O suspeito chegou a ser preso em 7 de agosto, mas ganhou liberdade menos de uma semana depois.

O MP também encaminhou cópia dos expedientes à Promotoria Especializada de Alvorada, com atribuição na improbidade administrativa, a fim de que adote as medidas que entender cabíveis no que se refere às condutas praticadas pelo acusado na condição de professor à época dos fatos e às possíveis omissões por parte do corpo escolar.