Sob forte comoção, jovem Gabriel Cavalheiro é sepultado em São Gabriel

Cortejo teve pessoas a cavalo, em alusão a uma das paixões do adolescente

Foto: Alina Souza/CP

Encontrado morto em um açude, na sexta-feira, depois de uma semana de buscas, o jovem Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, teve o corpo sepultado, sob forte comoção, neste domingo, em São Gabriel, na fronteira Oeste.

À frente do cortejo um grupos de pessoas a cavalo seguiu da Capela São Gabriel até o cemitério. Em homenagem à paixão que tinha pelos animais, Gabriel teve um chapéu preto de cavalaria colocado sobre o ataúde. Salva de palmas e gritos pedindo por justiça foram registrados no local. A Brigada Militar investiga os três policiais que abordaram Gabriel no dia do desaparecimento. Neste domingo, eles foram transferidos a um presídio militar em Porto Alegre.

O jovem, que residia em Guaíba, na região Metropolitana, cumpria serviço militar obrigatório na cidade da fronteira Oeste. “Digam a verdade sobre o que aconteceu e que seja feita justiça”, pediu a mãe do jovem, Rosane Machado Marques, nessa manhã.

Os PMs envolvidos na ocorrência, um sargento e dois soldados, tinham 16, 15 e 6 anos de serviços da corporação, respectivamente, e foram classificados como policiais “experientes”.

Em coletiva de imprensa concedida no fim da sexta-feira, o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, o coronel da reserva Vanius Cesar Santarosa, o corregedor geral da Brigada Militar, Vladimir Luis Silva da Rosa, e o comandante geral da instituição, coronel Claudio dos Santos Feoli, esclareceram os fatos e admitiram que houve erro de procedimento padrão por parte dos militares.

Em Guaíba, professores, funcionários, estudantes e familiares de Gabriel, matriculado na turma 204 do colégio estadual Cônego Scherer, promoveram, também na sexta, uma manifestação pedindo respostas dos órgãos competentes sobre o caso. Entre as mensagens, “queremos justiça por Gabriel”, “agressão não é a solução”.