O mercado imobiliário de Porto Alegre vai apresentar um crescimento no número de lançamentos no segundo semestre deste ano. Conforme sondagem realizada pelo Sinduscon-RS mais de 7 em cada dez incorporadoras preveem investir em lançamentos até o final do ano, enquanto 63% planejam lançar de um a dois empreendimentos no período, enquanto 9% de três a quatro e 1% de 5 a 10 empreendimentos.
Os dados levantamento do Sinduscon-RS, que ouviu 46 incorporadoras entre 21 de julho e 1º de agosto, comprova o otimismo dos empresários do mercado imobiliário em Porto Alegre. A pesquisa registrou que os lançamentos imobiliários em Porto Alegre, que medem a dinâmica da atividade, cresceram 43,16% numa comparação entre o primeiro semestre de 2022 contra o mesmo período de 2021. Já na comparação entre o segundo trimestre de 2022 e o trimestre imediatamente anterior, o incremento em lançamentos foi de 22,6%.
Para o presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum, o cenário não altera a atenção quanto ao aumento dos preços dos insumos ao consumidor, já pressionado pela elevada inflação. “Devemos fechar 2022 como estabilidade diante de 2021 nas vendas, o que é motivo de grande comemoração. Na verdade, a demanda por habitação é real e o mercado imobiliário demonstrou resiliência adaptando-se à crise e contribuindo nos esforços para a recuperação da economia”, afirmou.
Para o dirigente, os indicadores econômicos apontam para um 2023 mais favorável, com uma redução da inflação, da taxa de juros e do desemprego.
Balanço semestral
Enquanto os lançamentos imobiliários apresentaram significativo incremento em Porto Alegre nos primeiros seis meses do ano, as vendas registram uma queda de 0,64% com a negociação de 2.614 unidades frente às 2.631 unidades vendidas em igual período de 2021. Já em uma análise trimestral, as vendas apresentaram um crescimento de 15,85%, com 1.403 unidades negociadas no 2º trimestre em relação à 1.211 do 1º trimestre de 2022.
O primeiro semestre deste ano fechou com um estoque de 6.209 unidades e 283 empreendimentos, com um total de R$ 6,7 bilhões em VGV, sendo o valor médio por metro quadrado de R$ 12.468,00. Nesse universo, o residencial vertical participa com 87,95%, o comercial com 7,86%, e as unidades horizontais com 4,19%. Quanto ao perfil do estoque, os imóveis em construção e prontos apresentaram o mesmo percentual de participação (40%), enquanto a representação dos lançamentos foi de 20%.