Redução no preço do diesel é “ato muito importante”, defende Bolsonaro

Petrobras anunciou, nesta quinta-feira, diminuição de 4,07% no preço do diesel nas distribuidoras a partir de amanhã

Foto: Isac Nóbrega / PR / CP

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) comemorou, nesta quinta-feira, a redução de R$ 0,22 no litro do diesel, anunciada pela Petrobras, e disse que a medida é um “ato muito importante em prol do Brasil”.

“Hoje aconteceu um ato muito importante em prol do Brasil e de grande relevância para o povo brasileiro: a Petrobrás [sic] reduziu, mais uma vez, o preço do diesel”, escreveu Bolsonaro em redes sociais, no início desta tarde. “A redução representa queda de R$ 0,22 por litro. O presente mês acumula redução de R$ 0,42 por litro de diesel. Já estamos entre os países com o menor preço médio de combustíveis do mundo no cenário atual”, acrescentou.

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira uma diminuição de 4,07% no preço do diesel A (puro) nas distribuidoras a partir desta sexta. Com a segunda redução em uma semana, o valor do combustível passa de R$ 5,41 para R$ 5,19 por litro.

Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel vendido nos postos, a Petrobras aponta que a parcela que recebe do valor final do preço ao consumidor passa de R$ 4,87, em média, para R$ 4,67 a cada litro vendido na bomba.

De acordo com a estatal, a nova redução “acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel”. A empresa julga a decisão como coerente com a política de preços da Petrobras na busca pelo equilíbrio com o mercado global, mas “sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Carta pela democracia
A publicação de Bolsonaro, que menciona ‘ato importante’, contém ainda uma ironia relacionada à carta pela democracia e em defesa do sistema eleitoral brasileiro, lida pela  manhã na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. O presidente, que busca a reeleição, já criticou diversas vezes o documento.

O documento não menciona o presidente da República, mas alega que o país passa “por momento de imenso perigo” para a normalidade democrática, com riscos às instituições e insinuações de desacato ao resultado das eleições. A carta conta com quase 1 milhão de assinaturas, entre elas a de empresários, banqueiros, acadêmicos e artistas.