“Estão tentando fazer das campanhas eleitorais uma guerra”, critica Lula

Ex-presidente esteve em Brasília nesta terça-feira e negou que polarização seja responsável por violência política

Foto: José Cruz / Agência Brasil

O ex-presidente Lula rebateu, em discurso para apoiadores em Brasília nesta terça-feira, que a polarização seja responsável por casos de violência política, como o assassinato do guarda municipal e militante Marcelo Arruda, no Paraná. Em evento no Centro de Convenções, com detector de metal e esquema de segurança especial, Lula afirmou que não estimula a violência na campanha.

“Estão tentando fazer das campanhas eleitorais uma guerra. Estão querendo dizer que tem uma polarização criminosa. É interessante porque, desde 1994, o PT polariza nas eleições e não tem sinal de violência”, disse.

Lula discursou por cerca de 30 minutos, levantando ainda temas como a miséria. Ele afirmou que respeita banqueiros, mas quer “o voto do povo de Samambaia [região carente do Distrito Federal]” e disse que o Brasil voltou ao mapa da fome.

O evento também serviu como palanque para pré-candidatos do Distrito Federal, como Leandro Grass (PV), que deve disputar o governo local, e Rosilene Corrêa (PT), que é pré-candidata o Senado. Ambos subiram ao palco com Lula e Geraldo Alckmin (PSB).

CNC

Mais cedo, Lula participou de evento com empresários na Confederação Nacional do Comércio (CNC), que vem entregando cartas com demandas do setor aos presidenciáveis. A imprensa fazia o acompanhamento da agenda, em uma sala reservada do prédio com transmissão ao vivo, mas a sessão teve o áudio cortado antes de o petista começar o discurso.

No último mês, o presidente Jair Bolsonaro e a senadora Simone Tebet também se reuniram com a Confederação. Os presidenciáveis receberam a Agenda Institucional do Sistema Comércio, que indica pautas prioritárias aos setores do comércio de bens, serviços e turismo.