Após receber alta há três semanas da UTI, o torcedor xavante Rai Duarte segue em recuperação no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. De acordo com o advogado de defesa, Rafael Martinelli, ele está apto a prestar depoimento no Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga os fatos ocorridos na noite de 1° de maio. No entanto, a dupla aguarda a autorização do hospital para que isso ocorra.
“Ele já fala bem, está em condições plenas e psicológicas para falar o que aconteceu. Diz que sabe, lembra e está disposto a falar sobre o caso para esclarecer”, revelou, em entrevista à Rádio Guaíba. “Ele seria capaz de reconhecer mediante fotos e vídeos quem teria lhe causado os danos físicos”, pontuou.
De acordo com Martinelli, a instituição de saúde alega, contudo, que Rai ainda não dispõe de condições plenas para depor. “Estamos em negociação com o hospital para que ele possa depor na semana que vem”, completou o advogado.
Sobre as agressões sofridas pelo torcedor, ele reitera que policiais militares golpearam o cliente ainda no estádio Zequinha. “Foi agredido no interior do estádio do São José, junto dos outros torcedores. Depois, levado para outra salinha, onde sofreu as maiores agressões. Dentro do hospital, ao que se sabe, não. Tinha uma hemorragia interna e teve um choque”, enumerou.
Relembre
Rai Duarte deu entrada no hospital na noite de 1º de maio após ter se envolvido em uma briga de torcidas dentro do estádio Passo D’Areia em Porto Alegre, onde ocorreu a partida entre São José e Brasil de Pelotas, pela série C do Campeonato Brasileiro. Retirado do ônibus que havia levado a torcida e detido pelos policiais, ele aparece chegando ao hospital, mais tarde, acompanhado dos militares. O torcedor passa mal, sendo colocado em uma cadeira de rodas e internado em seguida.
