Polícia Civil investiga “pirata” que abusava de meninas no Lago Negro, em Gramado

Preso pela Brigada Militar, homem fantasiado tocava nas partes íntimas das vítimas que visitavam a atração turística

Foto: Guilherme Almeida / CP Memória

A Polícia Civil pretende concluir, nos próximos dias, as investigações sobre o crime de estupro de vulnerável cometido por um homem vestido de pirata que posava para fotos com crianças junto ao Lago Negro, uma das tradicionais atrações turísticas de Gramado, na Serra. “Ele aproveitava o momento em que as fotos eram tiradas para abraçar as vítimas e tocá-las. Ele era discreto, mas tocava”, declarou o delegado Gustavo Barcellos à reportagem da Record TV RS.

A prisão em flagrante do homem, de 49 anos, ocorreu na tarde da sexta-feira passada pelo efetivo do 1º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (1ºBPAT) da Brigada Militar. Os policiais militares foram alertados de que ele havia molestado crianças de uma excursão de Porto Alegre, quando tirava fotos no local. Professoras informaram que algumas crianças relataram o ocorrido. Ao menos seis participantes da excursão, de 11 e 12 anos, foram abusadas, mas outros dois casos anteriores vêm sendo apurados pela Polícia Civil.

O homem, com antecedentes criminais por estupro em 2019, tocava partes íntimas das crianças. “Em uma das meninas, ele apalpou os seios e para outra chegou a falar que iria se apaixonar”, exemplificou o delegado Gustavo Barcellos.

“Nosso entendimento é de que esses fatos abusivos ultrapassavam a mera importunação, configurando o estupro de vulnerável em razão da natureza dos atos praticados por ele”, frisou. “Nos próximos dias, a gente espera concluir todos os procedimentos”, resumiu. Durante o interrogatório, o homem permaneceu calado, sendo levado em seguida ao sistema prisional.

A prefeitura municipal emitiu uma nota oficial e manifestou repúdio a todo e qualquer ato de violência. “É importante ressaltar que os artistas de rua que são licenciados para atuar passam por uma chancela de autorização do poder público onde precisam apresentar ficha criminal. O autuado não tinha autorização da atual administração pública para trabalhar como artista de rua e a fiscalização já havia interferido para que o homem se retirasse, inclusive o multando em duas ocasiões por desrespeito à legislação. Reiteramos o nosso repúdio contra qualquer tipo de violência”, comunicou.