A posse de Silvina Batakis como ministra da Economia da Argentina teve um momento de tensão. O impacto da troca se fez sentir no mercado de câmbio, com o dólar chamado de “blue”, ou clandestino, ou paralelo, aumentando de 236 pesos (R$ 9,93) para quase 267 pesos (R$ 11,24). O oficial, no entanto, se manteve nos 125 pesos (R 5,26). Segundo analistas dos cenários da Argentina, essa diferença impacta a economia popular e alimenta a inflação, pois comerciantes e empresários se pautal na cotação “blue” para promover aumento de preços, exceto os alimentos que estão com os valores congelados.
O grande desafio será como o mercado se comportará nesta terça-feira, 5, pois foi feriado nos Estados Unidos a sua indicação. Silvina é ex-ministra da Economia da província de Buenos Aires. A inflação acumulada na Argentina até agora está perto de 30% e segundo economistas pode fechar 2022 acima de 70%.
Ao longo de seu mandato de quase 31 meses, Martín Guzmán reestruturou US$ 65 bilhões em títulos internacionais com credores privados em 2020, ajudou a melhorar o mercado de dívida local da Argentina e liderou as negociações para o acordo de US$ 44 bilhões com o FMI. A vice-presidente Cristina Kirchner, e pivô da saída de Guzmán, não participou da posse.