Identificação de vítimas de incêndio em Carazinho pode levar mais de 30 dias, confirma IGP

Primeira tentativa de análise se baseia em impressões digitais, pelo método da papiloscopia

Foto: IGP/Divulgação

Depois do incêndio que deixou ao menos 11 mortos em um centro de reabilitação em Carazinho, na noite dessa quinta-feira, o Instituto Geral de Perícias (IGP) informou, no início da tarde que as identificações dependem do estado de cada vítima. O trabalho é feito com base em vestígios biológicos que comprovem a identidade.

A primeira tentativa se baseia na análise das impressões digitais, pelo método da papiloscopia. Esse é o procedimento mais rápido, mas a carbonização das falanges pode impedir o trabalho.

Caso a identificação pela papiloscopia não seja possível, parte-se para a identificação pela arcada dentária, o que depende do fornecimento de materiais como fichas dentárias ou raios X da face pelo dentista ou pela família da vítima. A identificação via DNA é feita pela comparação do material genético fornecido pelos familiares com o material extraído do corpo. O processo também depende do estado da vítima e pode levar mais de 30 dias, contados a partir da coleta do material genético do família.

Já o laudo pericial sobre o incêndio deve sair em um mês. Segundo informações dos bombeiros, dez vítimas morreram carbonizadas no local, incluindo um monitor. A 11ª faleceu enquanto recebia atendimento médico no Hospital de Caridade. Ainda não se sabe quantas pessoas havia na casa no momento do fogo.

Duas equipes de perícia criminal do Instituto Geral de Perícia foram deslocadas para trabalhar no local do incêndio. Todos os Postos Médicos-Legais da região foram acionados para a realização das necropsias e reconhecimento das vítimas.