Técnicos do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (Leme) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), responsáveis pelo estudo de viabilidade do prédio da Galeria XV de Novembro, o Esqueletão, no Centro Histórico de Porto Alegre, terão até 8 de agosto para complementar informações necessárias ao projeto, conforme discutido em reunião com a Prefeitura de Porto Alegre nessa segunda-feira. O laudo prévio da universidade demonstrou que a estrutura corre risco de desabamento.
De acordo com o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores, a possibilidade segue as regras do contrato firmado para a realização do laudo. “Precisamos desta complementação com riqueza de detalhes para que fique claro os custos das alternativas ali aventadas, especialmente segurança, durabilidade dos materiais e proteção a incêndios. Eles estão precisos [no laudo], mas não suficientemente detalhados para a gente”, explica.
Conforme ele, esses custos se referem, por exemplo, às adaptações e materiais necessários para restauração. O impasse relacionado ao prédio continua, já que as alternativas envolvem demolição ou restauração, o que vai ser decidido a partir das informações do laudo. Pessoalmente, Flores se disse inclinado mais à primeira opção. “Meu sentimento pessoal é de que aquela estrutura é irrecuperável. Mas engenharia pode tudo, e o custo de fazer uma intervenção ali é alto”, avalia.
Com 19 andares, o Esqueletão permanece inacabado desde a década de 1950, tendo sido desocupado apenas em setembro de 2021. A avaliação por parte da Ufrgs começou no mês seguinte, e o prefeito Sebastião Melo chegou a afirmar, em abril, que conversou com a FBI Demolidora, empresa que efetuou a implosão do antigo prédio da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP).
Procurada para comentar sobre a reunião, a universidade disse que não vai se manifestar.