O presidente da República Jair Bolsonaro e os ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, participaram no início da tarde desta terça-feira da cerimônia de toque de campainha da privatização da Eletrobras na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, no centro da capital paulista. Também estiveram presentes o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, e ex-ministros do governo federal.
O presidente da companhia, Rodrigo Limp Nascimento, salientou que a Eletrobras “começa uma nova fase, com novo modelo de governança”, e disse não ter dúvidas que vai seguir cumprindo “papel de protagonista no setor elétrico”.
Bolsonaro participou da cerimônia, mas não discursou na B3. Já o ministro Adolfo Sachsida disse que o dia de hoje é histórico. “Sai de cena uma empresa estatal e entra a maior corporação de energia renovável da América Latina, com capacidade de investimento renovada”, disse ele. Já o ministro Paulo Guedes comparou a agora ex-estatal a “um filho que saiu de casa aos 18 anos e foi para a vida. E [que] agora vai vencer e não precisa mais ficar sobre a proteção do Estado”.
O processo de privatização da Eletrobras ocorre por meio de ofertas de ações que diluem a participação do governo na companhia. Ao fim do processo, a participação do governo deve cair de 72% para 45%.
Enquanto a cerimônia acontecia na B3 e era celebrada pelos presentes, dezenas de pessoas se reuniam do lado de fora com faixas e bandeiras para protestar contra a privatização.
Na semana passada, a Eletrobras definiu o valor de cada ação em R$ 42. Segundo comunicado da página da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o processo de privatização movimentou R$ 29,29 bilhões até a semana passada.