São Paulo confirma segundo caso de varíola do macaco no Brasil

Homem de 26 anos que viajou recentemente para Portugal e Espanha, em mais um caso importado da doença

Foto: NIAID-NIH

O governo de São Paulo confirmou neste sábado o segundo caso de varíola de macaco no estado e no Brasil. O infectado é um homem de 29 anos, que esteve recentemente em  Portugal e na Espanha, e teve os sintomas e as primeiras lesões na pele ainda na Europa. Por isso, as autoridades sanitárias enquadraram o caso como importado.

De acordo com o governo, o resultado positivo só se confirmou em um laboratório espanhol após o desembarque no Brasil, ocorrido em 8 de junho. O paciente segue isolado em casa em Vinhedo, interior de São Paulo. A Vigilância Epidemiológica do município e do estado monitora o paciente e contatos dele.

O primeiro caso da doença no país havia sido confirmado, nessa quinta-feira, em um morador da capital paulista, de 41 anos, que também passou pela Europa antes de ser diagnosticado. Ele está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, com boa evolução do quadro clínico. O governo estadual e a Prefeitura de São Paulo também reportaram mais um caso suspeito, investigado desde a semana passada, envolvendo uma mulher de 26 anos, também moradora da capital.

Depois da confirmação do primeiro diagnosticado do Brasil, o Ministério de Saúde informou na noite da última sexta-feira que investiga outros nove pacientes com suspeita da infecção – um deles em Porto Alegre (RS). Até a quinta-feira, 1.262 casos de varíola do macaco foram confirmados em 31 países. Oficialmente, Inglaterra, Espanha e Portugal tiveram o maior número de confirmações até o momento.

Esse é o maior surto global de varíola do macaco fora do continente africano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tenta entender como um vírus considerado de difícil transmissão entre humanos passou a se propagar em uma dinâmica nunca antes observada.

Até então, os poucos casos registrados fora da África eram associados a viagens e raramente havia transmissão secundária, com as infecções restritas à casa do paciente.