Bolsonaro garante a Biden que deixa governo de forma democrática se perder eleições

Presidente brasileiro disse esperar eleições limpas, confiáveis e auditáveis; partido dele contratou empresa para fazer auditoria

Foto: Alan Santos/PR

Em reunião nesta quinta-feira com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que deixa o cargo “de forma democrática” se perder as eleições deste ano.

“Neste ano, temos eleições no Brasil e queremos, sim, eleições limpas, confiáveis e auditáveis, para que não sobre nenhuma dúvida após o pleito. Tenho certeza que ele será realizado nesse espírito democrático. Cheguei pela democracia e tenho certeza que, quando deixar o governo, também será de forma democrática”, garantiu.

Bolsonaro e Biden se encontraram pela primeira vez desde a eleição do norte-americano, em 2020. Os dois tiveram uma reunião durante a Cúpula das Américas, em Los Angeles. No discurso, o brasileiro disse que está à disposição para buscar uma solução para o conflito entre Rússia e Ucrânia e afirmou que o Brasil preserva a Floresta Amazônica, ao contrário do que é dito no exterior.

Empresa para auditar eleições
Nesta semana, o Partido Liberal, legenda de Bolsonaro, apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a empresa contratada pela sigla para auditar as eleições presidenciais deste ano. A companhia, Instituto Voto Legal, é sediada em São Paulo e é dirigida pelo engenheiro Carlos Rocha.

O ofício enviado ao TSE, ao qual o portal R7 teve acesso, detalha que a empresa liderou as equipes que desenvolveram e fabricaram as urnas eletrônicas utilizadas nas eleições de 1996. Já em 2016, na gestão de Gilmar Mendes à frente do TSE, a empresa conta ter sido convidada a apresentar recomendações técnicas para o desenvolvimento de uma nova urna eletrônica, com a impressão do voto, para atender à legislação aprovada pelo Congresso Nacional em 2015.

O anúncio de que o PL pretendia contratar uma empresa para auditar o pleito eleitoral havia sido feito pelo próprio Bolsonaro, no início de maio. Na ocasião, o chefe do Executivo afirmou que a decisão é um direito da legenda, visto que a legislação permite que os partidos que participarão da eleição constituam sistema próprio de fiscalização, apuração e totalização do resultado.