Após ingressar na Justiça, a Prefeitura de Canoas, na região Metropolitana, conseguiu, nesta sexta-feira, retomar o direito de administrar o Hospital Universitário. Com a decisão, o município passa a gerir o local até que um novo processo, já em elaboração, resulte na contratação de uma empresa terceirizada.
A medida decorre de descumprimentos contratuais pela Fundação Educacional Alto Médio São Francisco (FUNAM), entidade que, até então, era responsável pela administração da casa de saúde. Entre as irregularidades praticadas, a defasagem de atendimento em diversas áreas, incluindo a pediátrica, o que gerou reclamações entre os pacientes, além do não-cumprimento do cronograma de cirurgias e de atrasos no pagamento de funcionários e fornecedores.
A situação, inclusive, motivou o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) a elaborar um documento, entregue no início da semana ao presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, vereador Gilson Oliveira, com a recomendação para a imediata desabilitação do município da condição de gestor pleno dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além disso, o Ministério Público ingressou nessa quinta na Justiça com objetivo de melhorar o atendimento na instituição e cobrar melhor eficiência por parte da prefeitura e da Funam. A solicitação do MP exigia, ainda, a ampliação de leitos de enfermaria e de unidade de terapia intensiva (UTI) no setor de pediatria do Hospital Universitário do município, caso a vistoria a ser realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) e pela 1ª Coordenadoria Regional de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul confirme a necessidade.
