Mar avança e alcança a BR 392 em Rio Grande

Ventos já chegaram a 95 km/h na Barra e no Cassino

Foto: Eduardo Bozzetti / Especial / CP

O mar avançou em direção ao continente nesta terça e já alcançou a BR 392 em Rio Grande, na metade Sul gaúcha. Segundo a meteorologista Natália Pereira, os ventos já chegaram a 95 km/h na Barra e no Cassino. As águas também cobrem parte dos molhes da Barra. A previsão é de que os ventos passem dos 100km/h ainda no início da noite. Por isso, a recomendação da Defesa Civil é evitar deslocamentos na cidade.

A Defesa Civil e as secretarias de Cidadania e Mobilidade ofereceram apoio a um grupo de 120 moradores de São José do Norte que não conseguiram fazer a travessia de volta à cidade de origem, já que a empresa Transnorte suspendeu as operações do serviço de balsa, ainda pela manhã, devido ao mau tempo. Com a melhora das condições climáticas, a prefeitura conseguiu transportar parte do grupo, de volta a São José do Norte, com o apoio de uma lancha que partiu às 18h do estaleiro EBR. Já aqueles que encontraram locais onde se hospedar em Rio Grande foram transportados aos locais indicados, em viaturas da Defesa Civil.

A Prefeitura de Rio Grande encerrou o expediente às 16h, mas serviços de urgência e emergência seguem funcionando, assim como abrigos e casas de acolhimento. A Secretaria de Educação informou que as aulas da rede municipal de ensino devem ser retomadas normalmente na quarta-feira.

Foto: Defesa Civil do Rio Grande / Divulgação

Mar sobe e deixa pescador preso nos Molhes da Barra, na praia do Cassino
Um pescador ficou à deriva, preso a uma pedra nos Molhes da Barra de Rio Grande, em função da maré, na tarde desta terça-feira. Sob o efeito do avanço do ciclone Yakecan, as águas avançaram rápido e cercaram o homem.

Conforme o coordenador da Defesa Civil municipal, Rudimar Machado, sem acreditar na hipótese de ressaca do mar, ele chegou aos molhes de bicicleta – que deixou amarrada em uma pedra. Por volta das 17h30min, o vento chegou à velocidade máxima de 97 km/h na praia do Cassino.

“Quando chegamos, por volta das 17h, o boné dele caiu e ele tentou pegar. Eu gritei e ele parou. O vento diminuiu e ele conseguiu sair sozinho, pisando nas pedras, conforme elas iam aparecendo”, relatou. O homem ficou em torno de 15 minutos retido enquanto a água subia.