Os produtores rurais de Pelotas relataram preocupação com o ciclone que deve atingir o Rio Grande do Sul. O extensionista da Emater no município, Rodrigo Prestes, explica que a principal preocupação é com a produção de hortaliças e morango. “A questão são as estufas, com filmes plásticos que os produtores fecham com cortinas. Tem que reforçar para aguentar o vento”, detalha.
Prestes conta que trabalha com grupos de produtores pelo WhatsApp e que lá são colocados os avisos sobre a condição climática. “Procuramos informar os produtores sobre o vento de mais de 100km/h que está previsto. O estrago é bem provável, caso se confirme”, observa.
Em Pelotas existem mais de 300 estufas, entre morango e hortaliças, feitas com filmes plásticos, transparentes, que possuem um custo elevado. “Dependendo do vento, às vezes danifica até mesmo estruturas metálicas”, acrescenta Prestes.
Daniel Neitzke produz morango há 15 anos, em meio hectare no interior de Pelotas. Ele admite que não há o que fazer nos casos de vendaval. “Não temos como tirar as lonas das estufas. Não sabemos o que fazer. Então temos que deixar. Se arrancar tudo, se preparar para colocar de novo, mesmo com o preço do metro da lona”, lamenta.
O produtor relata que colocou barreiras de quebra-vento para tentar proteger a única produção da família. “Com a ventania prevista, não sei se vai dar certo, mas quis tentar”, finaliza.