As prefeituras de Torres, Mampituba e Três Forquilhas, cidades localizadas no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, suspenderam as aulas nesta terça-feira (3) em razão da previsão de temporais na região. A medida preventiva foi anunciada nas redes sociais, e é válida só para as instituições das redes municipais. As instituições estaduais e privadas também podem aderir, mas não são obrigadas a manter os alunos em casa.
O principal argumento em prol da suspensão das aulas é o alerta emitido pela Defesa Civil, na segunda-feira, para toda a metade Norte do Estado – excluindo apenas a Região Metropolitana e o Extremo Sul gaúcho. Conforme o órgão, a formação de um ciclone extratropical entre a costa do Rio Grande do Sul e a de Santa Catarina deve causar chuvas volumosas, ventania e incidência de raios e trovões.
Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), alguns rios apresentam risco de transbordamento. Dentre eles, destacam-se o das Antas, Taquari, Sinos, Caí e Inhandava. O problema já é uma realidade, desde a semana passada, na Fronteira Oeste – onde mais de 2,3 mil pessoas estão fora de suas casas em decorrência da cheia nos rios Ibirapuitã, Vacacaí e Santa Maria.
Desabrigados e desalojados
De acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil, a situação mais crítica é a da cidade de Alegrete, na Fronteira Oeste. Por lá, o nível do Ibirapuitã está baixando desde o sábado, mas ainda mantém 2.336 pessoas, de 731 famílias, fora de suas casas. Destas, 228 estão em abrigos fornecidos pelo Poder Público. As cheias também afetam moradores de Dom Pedrito, São Gabriel e Quaraí.
