Família morta em chacina é velada nesta quinta-feira em Porto Alegre

Atos fúnebres acontecem no cemitério Jardim da Paz, na zona Leste da Capital

Foto: Record TV/Reprodução

As cinco pessoas da mesma família mortas nessa quarta-feira (27) em um condomínio de casas no bairro Santa Tereza, na Zona Sul de Porto Alegre, estão sendo veladas na manhã desta quinta (28). Os atos fúnebres ocorrem em duas capelas do Cemitério Jardim da Paz, na zona Leste da Capital.

De acordo com a polícia, o empresário Octávio Driemeyer Júnior, de 44 anos, foi o autor dos disparos que mataram a esposa Lisandra Lazaretti Driemeyer, de 45 anos; o filho Enzo Lazaretti Driemeyer, de 14 anos; a mãe Delci Driemeyer, de 79 anos; e a sogra Geraldina Lazaretti, de 81 anos. Ele cometeu suicídio logo em seguida. Octávio teria utilizado duas espingardas de caça, segundo a polícia, registradas no nome do sogro, que havia morrido recentemente em decorrência de câncer.

Investigação

O titular da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (4ª DPHPP), Rodrigo Pohlmann Garcia, responsável pela investigação, afirmou que as investigações devem ser aprofundadas a partir da próxima semana, decisão que tem o objetivo de respeitar o momento da realização do velório e a despedida dos familiares. “Nos próximos dias, vamos procurar o Instituto Geral de Perícias para ver se há uma resposta, requisitar as imagens da câmera de monitoramento e investigar melhor a situação financeira do empresário para verificar se esse fato tinha capacidade de abalar a ponto de cometer um ato desta natureza”, informou.

Segundo a investigação, o homem devia R$ 30 milhões e, com depressão, planejava matar a família. Ele teria uma reunião com o gerente do banco nessa quarta-feira pela manhã, mas não apareceu. O delegado disse que a tia da esposa, que morava com o casal há cerca de dez anos, e foi a única sobrevivente, está na casa de familiares. Segundo a linha inicial da investigação, a parente não era alvo.

O policial informou ter encontrado antidepressivos na casa. Ao questionar para os familiares se tinham conhecimento sobre algum estado ou comportamento depressivo do homem, disseram que não.

Escola suspende atividades em luto

Em razão da tragédia, a comunidade escolar do Colégio João XXIII suspendeu as atividades nesta quinta e decretou luto pelo falecimento do menino Enzo Lazaretti Driemeyer, de 14 anos, que era aluno do estabelecimento de ensino. No site da escola, um comunicado confirma a decisão. “Consternados, lembramos da história do Enzo e de seus pais na nossa Escola. Uma trajetória marcada pela afetividade do estudante e pela participação ativa e solidária de seus pais na vida comunitária”, cita o texto.

No estabelecimento de ensino, o sentimento era de surpresa e abalo. Segundo os colaboradores, ele estudava no local desde os 4 anos, era um aluno querido por todos e o histórico da família era ótimo. As atividades devem ser retomadas na sexta-feira.