O dólar deu início à última semana de abril com uma nova alta, que chegou a 1,47%, cotado a R$ 4,876 na venda. O desempenho é o maior valor da moeda norte-americana desde 22 de março deste ano, quando chegou a R$ 4,915.
No mesmo cenário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), manteve a tendência de queda verificada, na última sexta-feira, com desvalorização de 0,35%, aos 110.684,95 pontos — a sexta baixa consecutiva.
O movimento da moeda é um reflexo ainda da declaração do presidente do Federal Reserve (Fed) dos EUA, Jerome Powell, que afirmou que um aumento de 0,50 ponto percentual nas taxas de juros “está na mesa” para as discussões do encontro de maio do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).
A mesma tendência é observada para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que deve elevar em um ponto percentual a taxa Selic praticada hoje no Brasil, de 11,75%. Apesar do presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, dizer que o aperto monetário termina em maio, o mercado aposta em novas elevações em 2022.
Junte-se a isso o cenário de restrições da Covid-19 na China, que ameaça Pequim e já apresenta sinais preocupantes nas exportações e importações daquele país. A contribuição interna continua sendo o conflito entre o governo Federal e o Supremo Tribunal Federal e os integrantes da Corte com relação ao perdão ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).
No mercado de ações, a segunda-feira fechou com movimentação de R$ 26,3 bilhões. A melhora dos indicadores de Wall Street, que evitou um resultado ainda pior, se deu principalmente depois da confirmação da compra da plataforma Twitter pelo bilionário Elon Musk. As ações da empresa se valorizaram 6% somente hoje.