Servidores da Polícia Federal entram em estado de mobilização permanente no RS

Categoria está insatisfeita e reivindica reestruturação da carreira e correção das perdas salariais

Polícia Federal. Foto: PF/Divulgação

Os servidores da Polícia Federal do Rio Grande do Sul decidiram, em assembleia geral online, deflagrar um estado de mobilização permanente, e podem a qualquer momento redefinir os rumos do movimento, com medidas mais drásticas em defesa da categoria. A assembleia geral também aprovou a realização de um ato de protesto no próximo dia 28 deste mês.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (Sinpef/RS), Julio Cesar Santos, existe uma insatisfação muito grande entre os policiais federais, que cobram a promessa de que R$ 1,7 bilhão do Orçamento da União seriam investidos na reestruturação da carreira, com correção das perdas salariais acumuladas nos últimos anos.

“O governo foi eleito com a promessa de que valorizaria os profissionais de segurança pública, área essa tão utilizada em especial pelo próprio presidente em suas propagandas com a apresentação dos recordes alcançados. Entretanto, foi incapaz de promover qualquer modificação estrutural ou a reestruturação da carreira desses servidores”, manifesta uma nota pública divulgada nesta segunda-feira por todas as entidades de classe que compõem o sistema sindical das forças policiais da União.

ESTADO

Já a Ugeirm Sindicato, que representa os policiais civis gaúchos, criticou os 6% de correção salarial proposto pelo Governo do Estado. “É muito pouco”, resumiu o vice-presidente da entidade de classe, Fábio Castro. “O governo tem que valorizar os policiais”, frisou, defendendo ainda o chamamento de concursados. “Estamos fazendo toda uma luta na Assembleia Legislativa. Esse índice sequer cobre a inflação do período”, destacou, lembrando que outras pautas da categoria precisam ser discutidas com o governo.