Prefeitura critica decisão do Conselho da Ufrgs e se retira de acordo para revisão do Plano Diretor

Conselho da universidade aprovou reenvio do processo para nova avaliação da Faculdade de Arquitetura

Decisão do Consun depende de aval do MEC Foto: Secom/Ufrgs

A Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), comunicou nesta segunda-feira que o Executivo perdeu o interesse em celebrar um acordo com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para revisão do Plano Diretor da cidade.

Em redes sociais, o prefeito da cidade, Sebastião Melo, criticou o andamento do processo dizendo que “disputa ideológica” não garante “uma cidade melhor”.

Segundo a pasta, a decisão acontece após uma reunião do Conselho Universitário (Consun) da Ufrgs, que aprovou o reenvio do processo à Faculdade de Arquitetura para avaliação de mérito. O Executivo alega que o processo da assinatura da carta-acordo para revisão do Plano Diretor já tramita há dois anos na universidade.

Ao longo desse período, o documento teve pareceres favoráveis à aprovação do projeto de cooperação, da Controladoria da Universidade, da Procuradoria da Ufrgs e pelo CIUS, órgão técnico de apoio do Conselho.

A Smamus anunciou, ainda, que vai apresentar o novo cronograma de trabalho de Revisão do Plano Diretor, sem a participação da universidade e com retomada imediata, na próxima reunião do Conselho Municipal do Desenvolvimento Urbano Ambiental (CMDUA), em 3 de maio.

A reportagem do Correio do Povo entrou em contato com a assessoria da Ufrgs, que  ainda discutia se vai ou não se pronunciar nesta terça-feira.

Melo vem tecendo reclamações ao Consun

Durante audiência pública para apresentação do Programa Urbanístico +4D, que visa a regeneração urbana do 4º Distrito, zona Norte da Capital, em abril, o prefeito Sebastião Melo mostrou descontentamento com o Consun, órgão com o qual o município dialoga sobre a renovação do plano diretor desde 2019.

“É a contratação de uma universidade pública pela qual temos muito respeito, mas não se pode mais esperar pelo conselho, não se pode travar uma cidade”, disse.