PT aprova federação partidária com PV e PCdoB; PSB fica de fora

Com a decisão, que vale por pelo menos quatro anos, as três siglas somarão tempo de televisão e recursos do fundo partidário

Foto: Abdias Pinheiro / TSE

O PT aprovou a criação de uma federação partidária com o PV e com o PCdoB durante reunião da Executiva Nacional do partido nesta quarta-feira, em Brasília. Com a decisão, que ainda vai ser registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as três siglas passarão a compartilhar verbas eleitorais e tempo de televisão.

O encontro, que ocorre por meio de videoconferência, reúne representantes do PT em todos os estados e no Distrito Federal. A federação tinha sido anunciada em março e nesta quarta-feira também recebeu um estatuto. Ao longo do dia, petistas discutem uma coligação com o PSB. Nessa modalidade, não há compartilhamento de verbas e tempo de televisão. A ideia inicial era incluir o PSB na federação, mas as negociações não avançaram.

As federações partidárias preveem parcerias com natureza permanente. É preciso qeu os partidos tenham afinidade programática, já que a federação deve ter quatro anos de duração, influenciando, portanto, nas eleições de 2024, para prefeito e vereador.

Se algum partido deixar a federação antes desse prazo, sofre punições, como a proibição de utilização dos recursos do Fundo Partidário pelo período remanescente.

Além disso as federações devem ter abrangência nacional, o que também as diferencia do regime de coligações, com alcance estadual e podem variar de um estado para outro.

Os dirigentes petistas avaliarão ainda, ao longo do dia, o aval político para que o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), seja candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Embora a decisão seja tomada hoje, a confirmação só ocorre na convenção nacional, nos dias 4 e 5 de julho.