A Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), desencadeou a Operação Constelação na madrugada desta segunda-feira (11). A ação concentrou-se na Vila Cruzeiro, Vila Cai Cai e Vila Nova, em Porto Alegre, para o cumprimento de ordens judiciais: são nove mandados de busca e apreensão e doze mandados de prisão preventiva contra alvos responsáveis pelas 24 mortes ocorridas em disputas entre facções rivais.
Na investida de hoje, até o momento, cinco indivíduos foram presos. Entre eles está um homem que participou de pelo menos quatro homicídios recentes no enfrentamento entre facções. No curso das investigações conduzidas pela Polícia Civil, foram identificadas 52 pessoas com envolvimento confirmado nesses atentados. Desde março as ações policiais já resultaram em 32 prisões.
A ofensiva contou com o efetivo de 40 policiais civis em 12 viaturas, além do apoio de contingente com 32 integrantes da Brigada Militar através do Comando de Policiamento da Capital. De acordo com a Diretora do DHPP, Delegada Vanessa Pitrez, tão logo iniciaram os ataques a Policia Civil buscou identificar o cenário que se apresentava para preparar ações conjuntas no combate e prevenção aos crimes, contando com a colaboração dos setores de inteligência da Brigada Militar e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).
Para o diretor da Divisão de Homicídios da Capital (DHC), Delegado Eibert Moreira Neto, estancar a onda de homicídios envolveu um esforço coordenado entre todas as forças de Segurança Pública. No entendimento do delegado, saturação das áreas, intervenção prisional da Susepe, investigação e principalmente integração das polícias foram os pilares para estancar a onda de violência. “Chegamos a equação perfeita na contenção dos homicídios, com saturação, intervenção prisional e investigação com coleta qualificada de provas resultando em prisões dos envolvidos”, resumiu.
O Coronel Fernando Gralha Nunes, Comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), destacou o trabalho em conjunto com a Polícia Civil que é realizado junto às comunidades para restabelecer a segurança dos moradores. Lembrou, ainda, que desde o último dia 4 de abril não há registro de homicídios em decorrência do embate entre grupos criminosos rivais nas regiões em questão.