Uma facção gaúcha foi alvo na manhã desta quarta-feira da segunda fase da operação “Meu Nome não é Jhony”, desencadeada pela Polícia Civil de Santa Catarina. A ação visa coibir o crime de lavagem de dinheiro praticado por uma célula da organização criminosa oriunda de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Houve bloqueio judicial do patrimônio do grupo, estimado em R$ 17,5 milhões.
A investigação é conduzida pela Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais da PCSC, sob comando do delegado Jeferson Prado. Os agentes cumpriram nove mandados judiciais de buscas e dois de prisão em Palhoça e no Norte da Ilha de Florianópolis.
Iniciado em 2020, o trabalho investigativo apontou que os integrantes da facção gaúcha fixaram-se em Santa Catarina e passaram a transportar dinheiro para investir no narcotráfico no estado. Todos os suspeitos possuem um histórico criminal extremamente violento, com antecedentes por tráfico de entorpecentes, homicídio, resgate de presos em hospital e ameaça de testemunhas, entre outros delitos.
Os policiais civis catarinenses identificaram que os investigados ostentam bens de luxo em nome de “laranjas” ou “testas de ferro”, movimentando sempre grande quantidade de valores proveniente das atividades ilícitas.
As medidas judiciais deferidas nesta segunda fase da operação visam sufocar financeiramente a atividade criminosa. Houve a apreensão e a indisponibilidade de ativos que foram descobertos a partir da análise de documentos e demais materiais apreendidos na primeira fase da operação.
A primeira etapa da “Meu Nome não é Jhony” foi deflagrada no dia 17 de novembro de 2021. Na ocasião foram apreendidos veículos e também foi localizada uma arma de fogo que estava na posse da esposa do líder do grupo.