Com comando da Petrobras indefinido, Bolsonaro se reúne hoje com ministro de Minas e Energia

Em busca de novo nome para a estatal, presidente se reúne com Bento Albuquerque

Presidente Jair Bolsonaro e Ministro Bento Albuquerque se reúnem nesta terça-feira ISAC NÓBREGA/PRESIDÊNCIA

O presidente Jair Bolsonaro se reúne no início da tarde desta terça-feira (4) com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em meio à crise gerada pela desistência do economista Adriano Pires de assumir o comando da Petrobras. Pires informou ao Planalto, nessa segunda-feira, que declinaria do convite diante de questionamentos sobre possível conflito de interesses.

R7 apurou que Bolsonaro quer um militar para o posto. Pela importância da Petrobras e pelo impacto do anúncio para o mercado, existe a possibilidade de que a escolha seja feita antes do encontro. O nome definido por Bolsonaro ainda terá de passar pelo crivo do conselho da estatal.

O conflito de interesses se daria porque Pires é diretor-fundador de uma consultoria que atende a diversos clientes no setor de energia e de infraestrutura no país. A desistência de Adriano Pires veio um dia depois de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, declinar da indicação para presidir o Conselho de Administração da Petrobras.

O nome escolhido por Bolsonaro, se aprovado pelo conselho, será o substituto do general Joaquim Silva e Luna. A saída de Silva e Luna do cargo foi definida pelo presidente Jair Bolsonaro no fim de março. Após a decisão, o general defendeu a gestão e as decisões adotadas pela estatal, alvo de críticas por parte do governo em razão dos sucessivos repasses dos aumentos dos combustíveis ao consumidor.

política de preços adotada pela Petrobras de PPI (paridade com o mercado internacional) que leva em consideração o mercado financeiro com a variação do dólar somado ao preço do barril de petróleo.

Para Bolsonaro, a política de preços da Petrobras, os aumentos recentes do preço dos combustíveis e a demora na queda dos valores do litro da gasolina e do diesel, mesmo diante da baixa do dólar, geram desgaste ao governo e podem prejudicar a campanha política do presidente que vai tentar a reeleição.