Os Estados Unidos e os aliados europeus vão anunciar na quinta-feira novas sanções contra a Rússia e o endurecimento das medidas já adotadas pela invasão da Ucrânia, antecipou o assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan. Ele prevê que o presidente norte-americano reúna com representantes dos demais países em Bruxelas.
A ideia não é apenas acrescentar novas medidas punitivas para a Rússia, “mas garantir que haja um esforço conjunto” para que as sanções não sejam contornadas, explicou. Biden também vai anunciar “uma ação conjunta para fortalecer a segurança energética da Europa” e reduzir a dependência do gás russo, completou o assessor.
Além disso, Biden deve revelar “contribuições americanas adicionais” para ações humanitárias na Ucrânia e para a recepção de milhões de ucranianos que fugiram da guerra. “Esta guerra não vai acabar fácil ou rapidamente”, advertiu Sullivan.
O representante da Casa Branca também observou que, desde a conversa telefônica de Biden com o presidente chinês, Xi Jinping, na última sexta-feira, os Estados Unidos não viram evidências de nenhum envio de armas da China à Rússia para uso na Ucrânia. O país asiático se recusa a condenar a invasão russa. Os Estados Unidos já ameaçaram retaliar Pequim se fornecer ajuda a Moscou.
Questionado sobre uma possível expulsão da Rússia do G20, grupo que reúne as principais potências econômicas mundiais, Sullivan não respondeu diretamente. No entanto, afirmou: “Acreditamos que não é possível agir como se nada tivesse acontecido para a Rússia nas instituições internacionais e na comunidade internacional”.
Moscou nega plano de ataque cibernético
Em Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou a declaração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que a Rússia possa estar planejando um ataque cibernético contra empresas do país.
Questionado sobre os comentários de Biden, Peskov disse que “a Rússia, ao contrário de muitos países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, não se envolve em banditismo em nível estadual”.
Biden disse em uma reunião de CEOs corporativos na segunda-feira que a “inteligência em evolução” indicou que um ataque cibernético pode estar sendo planejado. Ele também pediu às empresas privadas que invistam em segurança para combater esse tipo de ação.
*Com informações da Agência France Presse (AFP) e da Agência Estado (AE)
