Prédio incendiado da SSP é implodido em Porto Alegre

Detonação de escombros contou com operação especial que iniciou ainda no sábado

Escombros foram demolidos às 9h05 deste domingo - Foto: Alina Souza / Correio do Povo

Quase oito meses após o incêndio de grande proporção, uma operação especial com artefatos explosivos implodiu os escombros que ainda restavam do prédio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), neste domingo, em Porto Alegre.

Por se tratar de uma operação com 200 quilos de explosivos, uma série de medidas de prevenção foram adotadas desde a noite de sábado. Dentre elas, a evacuação dos imóveis em um raio de 300 metros, incluindo a Rodoviária da Capital e três estações da Trensurb.

A circulação de pessoas e o retorno dos moradores aos imóveis será liberada a partir das 12h, assim que a perícia avaliar não haver riscos por conta da fumaça, incêndios e outros riscos. Enquanto isso, o Terminal Conceição seguirá servindo como uma rodoviária temporária. Ao todo, estão previstas 54 saídas e 30 chegadas em Porto Alegre nesse intervalo.

Em relação ao Trensurb, as estações São Pedro, Rodoviária e Mercado não abriram na manhã de domingo. Os embarques e desembarques mais próximos do Centro ocorreram na Estação Farrapos. Para atender os cerca de 10 mil usuários que utilizam o trem neste período, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) disponibilizou um ônibus para passageiros da estação Farrapos até a estação Mercado.

A implosão – que teve custo de R$ 3,15 milhões – envolveu 28 instituições públicas e privadas. A empresa responsável pela demolição da edificação comprometida é a mesma que realizou o serviço no antigo presídio do Carandiru e no Palace II.

Próximos passos

Após a demolição, o próximo passo para a limpeza do local é a retirada dos entulhos estimados em 20 mil toneladas. Os engenheiros envolvidos na operação acreditam que essa etapa seja realizada no prazo de um mês e que não deva provocar transtornos à população. A estrutura colapsada será agora envolta, do térreo até o quarto andar, com quatro camadas de telas de proteção reforçadas para evitar que eventuais detritos escapem.

Já o terreno, situado na região central da cidade, não tem ainda um destino definido. Conforme o vice-governador e titular da pasta da Segurança Pública do Estado, Ranolfo Vieira Júnior, as opções são a construção de um novo prédio para a SSP no local ou então realizar uma permuta, onde quem assumir a área construirá uma nova sede para a pasta em outro ponto.

Relembre o caso

As chamas no prédio da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul iniciaram na noite de 14 de julho de 2021. No momento, entre 40 e 50 servidores estavam no local trabalhando, mas todos conseguiram deixar o edifício. Eles atuavam no Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI), setor que funciona 24h por dia.

Durante o incêndio de grande proporções, que provocou desabamentos e um grande volume de fumaça, dois bombeiros morreram.