A chuva voltou a cair em Petrópolis, na região Serrana do Rio, na tarde desta quinta-feira, dois dias após o pior temporal dos últimos 90 anos deixar mais de 100 mortos no município. Hoje, a Defesa Civil acionou 14 sirenes para alertar a população sobre o risco de chuva forte.
Os moradores das localidades da 24 de Maio, Ferroviários, Vila Felipe (Chácara Flora), Sargento Boening, São Sebastião (Adão Brand, Vital Brasil) e Siméria receberam o aviso sonoro.
Há previsão de pancadas de chuva, de intensidade moderada a forte principalmente entre os períodos da tarde, nesta quinta, amanhã e no sábado, com a possibilidade de raios e rajadas de vento forte.
Mais cedo, a prefeitura pediu que as pessoas se desloquem para locais seguros, como os pontos de apoio. O município mantém 33 escolas abertas para o acolhimento da população.
A Defesa Civil orientou ainda que a população fique atenta aos avisos e siga as orientações de segurança. Em caso de emergência, devem ser acionados os telefones 193 (Corpo de Bombeiros) e 199 (Defesa Civil).
Vítimas da tragédia
Ao menos 111 mortes já foram confirmadas pelas autoridades em Petrópolis. O volume de chuva registrado em seis horas superou o previsto para todo o mês de fevereiro.
De acordo com a última atualização da Polícia Civil, 116 pessoas seguem desaparecidas na cidade. Os registros foram feitos pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que integra a força-tarefa da instituição para atender as vítimas.
Os agentes da especializada percorrem os pontos de apoio e abrigos da cidade para preencher formulários, confeccionar as formalidades necessárias e cruzar os dados com a relação do IML.
Durante o trabalho dos policiais da DDPA, três pessoas desaparecidas foram localizadas no Colégio Estadual Rui Barbosa. Outras 15 tiveram o óbito confirmado.
