Prefeitos da região Metropolitana pedem a Leite que agilize construção de microbarragens no rio Gravataí

Responsável pelo abastecimento de cinco municípios da região Metropolitana, afluente sofre há décadas com efeitos da estiagem

Foto: Felipe Dalla Valle/ Palácio Piratini

Prefeitos da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) estiveram reunidos com o governador Eduardo Leite, nesta terça-feira, no Palácio Piratini, para debater ações que minimizem os efeitos da estiagem sobre o rio Gravataí. Entre as demandas levadas pelos integrantes da entidade, o pedido de construção de 13 microbarragens no afluente, com objetivo de auxiliar no abastecimento de água em períodos de falta de chuva.

Sobre o assunto, o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Luiz Carlos Busato, que também participou do encontro, disse que a Pasta já encaminhou o projeto, em fase de estudo de impacto ambiental.

Outras possibilidades a curto e médio prazo, para minimizar os impactos da estiagem, também foram apresentadas durante a reunião. Conforme o governador, por meio da Corsan, serão construídos reservatórios de água. A empresa também vai substituir bombas e lançar, em conjunto com a Defesa Civil, campanhas de conscientização sobre o uso racional da água.

Durante a reunião, o presidente da Granpal e prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), lembrou que a situação ocorre no rio desde os anos 60, quando arrozeiros fizeram uma intervenção para a irrigação das lavouras. “Foi um crime ambiental”, argumentou o emedebista.

O rio Gravataí é responsável pelo abastecimento de água para 500 mil pessoas que vivem em Alvorada, Cachoeirinha, Glorinha, Gravataí e Viamão.

Anualmente, o afluente sofre com a estiagem que atinge o Rio Grande do Sul desde o início de dezembro. Por conta disso, a captação de água do rio – exceto para abastecer a população – teve de ser suspensa por tempo indeterminado.