A Organização Internacional do Trabalho (OIT) projeta que o Brasil terá 14 milhões de desempregados em 2022, bem acima do nível de antes da pandemia em 2019. O déficit em termos de horas trabalhadas neste ano será equivalente a 2,2 milhões de empregos a pleno tempo. Conforme a entidade, o emprego no país não voltará à situação de antes da pandemia pelo menos até 2023 o ou 2024.
“A saúde do mercado de trabalho é preocupante, se juntarmos o desemprego e a redução da participação da força de trabalho”, disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, ao apresentar nesta segunda-feira, 17, relatório sobre ao mercado global de trabalho.
A OIT aponta a América Latina como a região com as perspectivas mais negativas em termos econômicos e de retomada do emprego. Conforme o levantamento, no último trimestre de 2019, quando a pandemia da covid-19 começou a fazer seus estragos, o Brasil tinha 12,5 milhões de desempregados. Em 2020, a cifra pulou para 13,2 milhões. Em 2021, para 14,3 milhões.
A expectativa agora é de o número de desempregados no Brasil diminuir para 14 milhões em 2022, mas ainda bem longe da taxa de antes da pandemia. Para 2023, também continuará acima daquele período, com estimativa de 13,6 milhões de desempregados.