A Petrobras aumentará os preços do diesel nas refinarias em 8,08%, a partir desta quarta-feira (12), enquanto a gasolina vendida às distribuidoras terá aumento médio de 4,85%. O diesel passará de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, enquanto a gasolina subirá de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro.
O reajuste é o primeiro após 77 dias. No último aumento de preços, em dezembro, a Petrobras baixou, pela primeira vez desde junho, o preço da gasolina (cerca de 3,1%) e manteve o do diesel inalterado. O anúncio ocorre no mesmo dia em que o IBGE revelou que o país acumulou em 2021 inflação de 10,06%, a mais alta desde 2015 e muito superior à do ano anterior (4,52%), influenciada pelo avanço nos preços do setor dos transportes, especialmente afetado pela alta dos combustíveis.
A alta nos combustíveis ocorre em momento em que os preços do petróleo Brent, tido como referência para o valor global do combustível, aparecem cotados em torno de R$ 460 (US$ 82 dólares), com alta de mais de 5% somente nos primeiros dias de janeiro.
Se foi por terra o ganho dos consumidores gaúchos com a redução do ICMS no Rio Grande do Sul, que ainda não tinha verificado um benefício real pois, dizem as distribuidoras e os postos, havia estoque nos tanques para ser consumido.
E os problemas não param por aí. O chamado preço de pauta, ou PMPF (Preço Médio Ponderado a Consumidor Final), sobre o qual incidem as alíquotas de ICMS, foi congelado pelos Estados – no Rio Grande do Sul é R$ 6,18 – por 90 dias após aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no dia 29 de outubro. Com isso, se não houver uma alteração no preço de pauta, a partir de 31 de janeiro, o estado pode definir um novo preço de pauta no final de janeiro, podendo ser maior do que o atual.