O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, neste sábado (18), que o governo federal vai decidir em 5 de janeiro se autoriza que a vacina contra a Covid-19 seja aplicada em crianças de 5 a 11 anos de idade. Em coletiva à imprensa no Ministério da Saúde, ele disse que vai submeter a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de permitir a aplicação da vacina da Pfizer no público infantil à Câmara Técnica de Assessoramento de Imunizações (CTAI), que fará uma consulta pública até 4 de janeiro para coletar a opinião da sociedade sobre o tema antes de dar a palavra final.
“Até o dia 5 de janeiro é um tempo absolutamente adequado para que autoridades possam analisar a decisão da Anvisa em todas as suas nuances. Essa questão da vacinação em crianças é um tema muito sensível, suscita o interesse da sociedade brasileira como um todo, porque as crianças são o nosso futuro. Temos que dedicar a elas todo o nosso respeito e falar com cada um dos brasileiros para passar uma palavra de compromisso com a saúde pública”, disse Queiroga.
O ministro afirmou que apenas o aval da Anvisa à utilização da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos não é o suficiente para liberar a imunização dessa faixa etária. “São avaliações distintas. A função da Anvisa é analisar aspectos regulatórios. Essa questão da epidemiologia do Brasil, a gente [Ministério da Saúde] que cuida. Compete à administração pública tomar decisões de maneira tempestiva, sem colocar o carro na frente dos bois. Precisamos verificar a decisão da Anvisa nas suas minúcias”, opinou.
“Sou a principal autoridade sanitária do Brasil e não abro mão de exercer as minhas prerrogativas, porque elas decorrem da decisão do mandatário que me incumbiu dessa missão, que é o presidente Jair Bolsonaro, e eu estou cumprindo”, acrescentou Queiroga.
Segundo Queiroga, caso o ministério autorize a vacinação em crianças, a Pfizer disponibilizará “de forma tempestiva” as doses de vacinas necessárias para que esse público seja atendido. “Todas as faixas etárias incluídas no PNI [Programa Nacional de Imunização] serão contempladas. Teremos doses disponíveis. Todo o procedimento será feito de maneira célere”, destacou.