Caso Kiss: defesas vão recorrer de sentença que condenou réus por dolo eventual 

Jader Marques, que defende Elissandro Spohr, ainda não se manifestou

Advogada de Marcelo de Jesus dos Santos, Tatiana Borsa, vai recorrer de decisão | Foto: Ricardo Giusti/CP

As defesas de três dos quatro réus condenados por dolo eventual pelo júri que apurou as reponsabilidades da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, vão recorrer da decisão. Já se manifestaram os advogados Jean Severo, Tatiana Borsa e Bruno Seligman de Menezes, que defendem, respectivamente, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, ambos condenados a 18 anos de cadeia, e Mauro Hoffmann, sentenciado em 19 anos e 6 meses de reclusão. Depois de dez dias de julgamento, no fim da tarde desta sexta, quatro réus foram condenados pelas mortes de 242 pessoas – e outras 636 tentativas de homicídio – em 27 de janeiro de 2013, dia em que a casa noturna pegou fogo.

Em live nas redes sociais, a advogada Tatiana Borsa afirmou que vai recorrer de decisão do julgamento por encontrar “nulidade no tribunal do júri”. Em entrevista coletiva após o julgamento, a promotora Lúcia Helena Callegari disse que o Ministério Público também vai recorrer, buscando aumentar a pena dos réus.

Em contato com a reportagem, a assessoria de imprensa do advogado que representa Elissandro Spohr, condenado a 22 anos e 6 meses de prisão, disse que Jader Marques não vai se manifestar neste momento.

Partiu do escritório de Marques, inclusive, o habeas corpus preventivo, deferido liminarmente pelo desembargador Manoel Lucas, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A decisão impediu o cumprimento imediato da pena de prisão preventiva imposta a Elissandro Spohr. O benefício acabou sendo concedido aos outros três réus, pelo juiz Orlando Faccini Neto, até que os três desembargadores da 1ª Câmara analisem a liminar.