O auxílio emergencial, criado pelo governo federal para diminuir o impacto da pandemia de coronavírus na população de trabalhadores informais e de baixa renda, atingiu 23,7% dos domicílios do país em 2020. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta sexta-feira (19), o benefício foi avaliado como outros programas sociais, que em 2019 atingiam apenas 0,7% dos domicílios.
Como parte dos beneficiários do Bolsa Família passou a receber o auxílio emergencial, em 2020 houve redução da proporção de domicílios que recebiam esse programa (de 14,3% para 7,2%). Já a proporção de domicílios que recebiam BPC-Loas passou de 3,5% para 3,1% no período.
Essas e outras informações fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) – Rendimento de Todas as Fontes 2020. As Regiões Norte e Nordeste apresentavam as maiores proporções de domicílios com beneficiários de programas sociais: 12,9% e 14,2%, respectivamente, recebiam rendimento do Bolsa Família; 5% e 4,5% recebiam rendimento do BPC-Loas; e 32,2% e 34% recebiam rendimento de outros programas sociais, principalmente auxílio emergencial.
No entanto, a Região Sul tinha as menores proporções independentemente do programa: Bolsa Família (2,9%), BPC-Loas (1,7%) e outros programas sociais (14,4%). O grande aumento da proporção de domicílios que recebiam outros programas sociais, entre 2019 e 2020, ocorreu em todas as Grandes Regiões. Entre 2019 e 2020, apenas as Regiões Norte e Nordeste apresentaram aumento na média de rendimento domiciliar per capita (17,8% e 16,2%, respectivamente), o que pode ter relação com o recebimento do auxílio emergencial no último ano.