Após os holofotes da CPI da Covid, os senadores titulares da comissão articulam agora pré-candidaturas para as eleições de 2022 – duas reeleições e seis aos governos estaduais.
No ano que vem, haverá eleição para um terço dos senadores, além de presidente e vice-presidente, governadores e vice-governadores, deputados federais, estaduais e distritais.
Dos membros da CPI, dois vão tentar reeleição: Omar Aziz (PSD-AM), que foi presidente do grupo, e Otto Alencar (PSD-BA).
A maioria dos integrantes da comissão detém o mandato até 2027. Mas os senadores pretendem lançar voos mais altos e discutem possíveis pré-candidaturas aos respectivos estados.
O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), evitar afirmar publicamente sobre sua pré-candidatura ao governo do Amapá. No entanto, a possibilidade é aventada dentro do partido.
A chance de o senador Eduardo Braga (MDB-AM) ser pré-candidato ao governo do Estado também é discutida. O senador, inclusive, já foi governador do Amazonas entre 2003 e 2010, tendo Aziz como vice na ocasião. O seu mandato no Senado, todavia, está garantido até 2023.
Humberto Costa (PT-PE) tem o mandato como senador assegurado até 2027. Recentemente, seu nome tem sido avaliado como uma das apostas de seu partido para o governo de Pernambuco. No Estado, o PT costura aliança com o PSB, que detém atualmente a prefeitura de Recife e o governo estadual. As conversas entre as siglas seguem e ainda não está nada definido.
Após dois anos sem destaques, Renan Calheiros (MDB-AL) foi escolhido o relator da CPI da Covid, que trouxe o alagoano ao centro das atenções novamente. O senador segue com o mandato até 2027. Ele é pai do atual governador de Alagoas, Renan Filho, e vai trabalhar pela sua reeleição no Estado.
O tucano Tasso Jereissati pediu licença do mandato por quatro meses para ajudar na pré-candidatura de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, como o nome do PSDB ao Palácio do Planalto em 2022. O senador licenciado também vai trabalhar nas campanhas do partido em seu Estado, o Ceará, como havia informado a coluna.
Dos quatro senadores de perfis independentes e de situação, dois já articulam para governos estaduais. São os casos de Luis Carlos Heinze (PP) e Jorginho Mello (PL) para Rio Grande do Sul e Santa Catarina, respectivamente.
Atualmente, Mello faz a ponte entre a sua legenda e o presidente Jair Bolsonaro, que conversa, além do PL, com o PP para se filiar com vistas à reeleição no ano que vem. O senador tem dito a aliados que o chefe do Executivo vai apoiá-lo ao governo de Santa Catarina. No Estado, os apoiadores bolsonaristas deixaram o barco com o atual governador, Carlos Moisés.
Senador de primeiro mandato e catapultado pela CPI da Covid, Marcos Rogério se tornou o principal defensor de Bolsonaro na comissão. A possibilidade de ser candidato a governador de Rondônia é estudada.
O Podemos também discute a candidatura de Eduardo Girão para o governo do Ceará. O martelo ainda não foi batido.