Professores vão ao Palácio Piratini e pedem reunião com Leite para tratar de reposição salarial

Trabalhadores reclamam, também, do congelamento do auxílio refeição

Categoria alega que a administração tem projeto de sucateamento da educação pública. Foto: Cpers-Sindicato/Divulgação

Os professores da rede estadual gaúcha, vinculados ao Cpers-Sindicato, estão mobilizados em frente ao Palácio Piratini nesta quinta-feira (9). A categoria reivindica uma agenda com o governador Eduardo Leite (PSDB), para tratar da campanha de reposição salarial dos profissionais que atuam em todo o Rio Grande do Sul.

Os trabalhadores reclamam, também, do congelamento do auxílio refeição, da redução dos adicionais que integram os salários dos professores e da falta de reposição pelos gastos extras impostos durante o trabalho remoto. A presidente da entidade, Helenir Schürer, diz que a administração tem um projeto de sucateamento da educação pública.

“Na pandemia a sociedade aprofundou o debate sobre a importância da educação, mas a valorização do setor não se dá na prática. No Rio Grande do Sul, professores e funcionários da rede estadual estão há sete anos sem reposição salarial e com ganhos corroídos pela inflação, ao ponto de terem perdido até a metade do poder de compra”, observa.

A suposta falta de diálogo entre o Governo e a categoria também é motivo de queixa. De acordo com os servidores, nem mesmo a Secretaria da Educação está de portas abertas aos trabalhadores – tendo faltado em diversas audiências públicas promovidas pela Assembleia Legislativa.

Contraponto

Em nota, o Governo Estado, por meio da Casa Civil, ressaltou que sempre esteve aberto ao diálogo com o Cpers-Sindicato. Nos meses de julho e agosto, foram realizadas duas reuniões na Casa Civil com a presença da secretária da Educação, Raquel Teixeira, em uma delas para debater as demandas da categoria. O Tesouro do Estado também recebeu a diretoria do sindicato e um quarto encontro estava agendado para o último dia 20 de agosto, com o Grupo de Assessoramento Especial coordenado pela Secretaria da Fazenda.

A reunião, no entanto, foi desmarcada pelo próprio sindicato, sendo adiada para o dia 17 de setembro. Além disso, a Casa Civil destacou que uma das solicitações da categoria é o reajuste do vale-refeição. O tema já foi encaminhado para a Assembleia Legislativa e aguarda análise do plenário.