Duas manifestações ocorreram no feriado de 7 de setembro em Santa Cruz do Sul. No período da manhã, um ato ecumênico na Paróquia Conceição, no bairro Bom Jesus, marcou a 27ª edição do Grito dos Excluídos. No período da tarde, apoiadores do governo federal fizeram uma carreata no entorno da Praça da Bandeira.
Um grupo favorável ao presidente Bolsonaro e contra as decisões dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) deixou, nesta terça-feira, a cidade pela manhã em quatro ônibus para participar da concentração na Avenida Goethe, em Porto Alegre. Outro ônibus partiu segunda-feira com santa-cruzenses para o ato na Avenida Paulista, em São Paulo.
O ato ecumênico do Grito dos Excluídos, organizado pela Igreja Católica, teve também a participação de movimentos sociais, partidos e sindicatos do município que se posicionam contrários ao governo federal. A concentração inicialmente estava prevista para a praça do bairro Santa Vitória, mas foi transferida para a Paróquia Conceição por causa da chuva. O tema desta edição foi “Na Luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já!”. O padre Jolimar Silva, integrante da organização do evento, dise que a intenção foi dar voz às pessoas marginalizadas.
A manifestação pró-Bolsonaro à tarde estava marcada para a Praça da Bandeira, mas diante da chuva alguns participantes se concentraram defronte do local, em cada lado da rua Marechal Floriano, com bandeiras e cartazes para a passagem dos veículos. Com um carro de som parado defronte da praça, os apoiadores do governo do presidente Jair Bolsonaro levaram bandeiras do Brasil, cartazes e faixas com pedidos do fim do que chamam “ditadura da toga”, devido às decisões proferidas pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os veículos e caminhões que passaram pelo local fizeram um buzinaço e a maioria dos cartazes mostrou críticas ao STF e frase de apoio ao voto impresso.