Localização do corpo do menino Miguel segue sem pistas, depois de 11 dias

Corpo de Bombeiros aponta condições do mar e vento a nordeste como fatores que comprometem ação

Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

No 11° dia, as buscas ao corpo do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de sete anos, foram suspensas no fim da tarde deste domingo e prosseguem nesta segunda-feira. Miguel é considerado desaparecido desde 29 de julho, data em que a mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, alega tê-lo agredido, dopado e jogado no rio Tramandaí, no litoral Norte.

Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, Elísio Lucrécio, que comanda a operação de resgate, as condições do mar, que apresenta coloração turva, e o vento a nordeste seguem complicando os trabalhos da corporação. Ainda conforme o tenente, as buscas serão retomadas pela manhã, no mesmo raio de ação.

Neste domingo, a varredura ocorreu nas orlas de municípios dos litorais Norte e Sul, com apoio das unidades do Corpo de Bombeiros de Torres, Capão da Canoa, Tramandaí e Cidreira. Até o momento, nenhuma pista surgiu.

Durante a semana, a corporação chegou a fazem buscas em terra, com a utilização de cães farejadores. No entanto, não foram encontrados vestígios capazes de indicar a localização do corpo da criança.

Mãe e madrasta indiciadas

A Polícia Civil confirmou, no final da tarde desse sábado, o indiciamento da mãe e da madrasta do menino Miguel, Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23 anos. No inquérito, realizado pelo delegado Antônio Carlos Ractz Júnior, à 1ª Vara Criminal de Tramandaí, ambas vão responder por três crimes: tortura, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Apesar de Yasmin ter confessado matar o filho, Bruna nega envolvimento no crime. Contudo, ela está presa desde que os policiais encontraram, em um celular, diversos indícios de que a madrasta teve participação nas torturas ao menino.

A mãe está presa preventivamente, na penitenciária estadual de Guaíba. Já a madrasta, detida temporariamente, está no instituto psiquiátrico forense desde a última quarta-feira, data em que tentou cometer suicídio. Ela passou por uma análise clínica e psicológica, junto ao Instituto-Geral de Perícias. Os laudos seguem pendentes.