A Polícia Civil confirmou, no final da tarde deste sábado, o indiciamento da mãe e da madrasta do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de sete anos, desaparecido em Imbé, no Litoral Norte. A mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, e sua companheira, Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23 anos, responderão por três crimes. O inquérito foi remetido, pelo delegado Antônio Carlos Ractz Júnior, à 1ª Vara Criminal de Tramandaí.
O primeiro é o de tortura, com aumento de pena por ter sido cometida contra criança. Já o segundo é homicídio duplamente qualificado, cometido mediante meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. E por fim, a ocultação de cadáver. Outros dois agravantes foram acrescentados ao caso: o fato da vítima ter menos de 14 anos de idade, e ser descendente de uma das acusadas.
Neste sábado as buscas ao corpo de Miguel completaram 10 dias e foram realizadas nos municípios de Torres, Arroio do Sal, Capão da Canoa, Imbé, Tramandaí, Cidreira, Pinhal e Mostardas. Diferentemente dos dias anteriores onde a procura estava concentrada em praias ao norte os bombeiros fizeram varreduras às praias ao sul. Até o momento, nenhuma pista foi encontrada.
Yasmin confessou o assassinato e disse ter jogado o próprio filho, desfalecido, no rio Tramandaí. Já Bruna nega envolvimento no crime, mas está presa desde que os policiais encontraram em seu celular diversos indícios de que ela participava das torturas ao menino. A mãe está presa preventivamente, na penitenciária estadual de Guaíba. Já a madrasta foi detida temporariamente e está no instituto psiquiátrico forense desde a última quarta-feira, data em que tentou cometer suicídio. Ela foi submetida a uma análise clínica e psicológica, junto ao Instituto-Geral de Perícias. Os laudos ainda não foram divulgados.
