Polícia retoma buscas ao corpo de menino morto pela própria mãe no Litoral Norte

Mulher confessou ter jogado o corpo da vítima no leito do Rio Tramandaí

Companheira da acusada também teria participado do crime. Foto: Renato Dias/Correio do Imbé/Reprodução

As equipes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Brigada Militar do Litoral Norte retomaram, na manhã desta sexta-feira (30), as buscas pelo corpo de um menino que teria sido morto pela própria mãe em Imbé. O desaparecimento da criança, de apenas sete anos, chegou ao conhecimento das autoridades nessa quinta, após denúncia da acusada.

Na oportunidade, a mulher compareceu à delegacia para registrar o desaparecimento do filho, que não era visto desde a terça-feira. Durante o primeiro contato com os policiais, ela alegou ter buscado orientações na internet – onde teria lido que deveria aguardar ao menos 48 horas antes de comunicar o sumiço do menino.

Segundo o delegado Antônio Carlos Ractz, responsável pelo caso, a criança morava com a mãe e a namorada dela, de 23 anos. “Elas começaram a se contradizer. Alguns policiais militares estavam presentes e ficaram desconfiados, optando por conduzir ambas até a casa onde viviam para buscar mais detalhes”, afirma.

No local, a investigada – que não teve o nome revelado – confessou ter feito o menino ingerir medicamentos antes de colocar o seu corpo em uma mala, descartada às margens do Rio Tramandaí. Desacordado, o menino foi jogado na água. A prisão em flagrante da mulher foi decretada imediatamente após o relato.

“Ele vivia sob intensa tortura física e psicológica, mantido em uma peça de 1m². Até mesmo um armário era utilizado para prender a vítima, que por muitas vezes era amarrada. A mãe e a companheira chegaram a adquirir dois cadeados, com a intenção de acorrentar a criança”, conta o delegado.

A mãe é descrita como uma pessoa fria, que não demonstrava nenhum sentimento em relação ao filho. A companheira dela, que teria ajudado no possível assassinato, apresenta sinais de autismo e permanece sob custódia na delegacia. As equipes de busca, que já encontraram a mala usada no crime, têm como prioridade a localização do corpo.