Restaurante onde ocorreu o desabamento de deck não tinha alvará de funcionamento

Festa passa a ser considerada como clandestina pela administração

Restaurante foi inspecionado por equipes do Instituto-Geral de Perícias nesta segunda. Foto: Alina Souza/Correio do Povo

A Prefeitura de Porto Alegre confirmou, na manhã desta segunda-feira (19), que o local onde aconteceu o desabamento de um deck, durante uma festa, não tinha alvará de funcionamento. O evento, portanto, passa a ser considerado como clandestino pela administração – que promete tomar “as medidas cabíveis referentes ao fato”.

O restaurante fica na Ilha das Flores, na zona Norte da Capital. De acordo com nota enviada à imprensa, a Guarda Municipal não recebeu nenhuma denúncia na região – e, por isso, o deslocamento das guarnições só aconteceu após o registro do incidente que culminou na morte de uma jovem de 26 anos.

A prefeitura diz que “lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com a família da vítima”. Ana Elisa Andrade Genaro Oliveira, que nasceu em Minas Gerais, chegou a ser encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre após ser submetida a um processo de reanimação cardiorrespiratória.

Entretanto, ela não resistiu às complicações do tempo que ficou submersa no Jacuí e teve a morte decretada por volta das 2 horas da madrugada. Inicialmente, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul havia contabilizado 50 pessoas na festa clandestina; entretanto, testemunhas relatam que o número era bem maior.

Caso é investigado pela Polícia Civil

As causas do desabamento do deck são apuradas pela 4ª Delegacia de Polícia (DP) de Porto Alegre. O local foi interditado pela Guarda Municipal logo após o incidente e é inspecionado por equipes do Instituto-Geral de Perícias (IGP) nesta manhã. O inquérito do caso deve ser concluído em até 30 dias.