Sete fiscais estaduais agropecuários e quatro técnicos agrícolas da Regional de Santa Maria da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) participaram nesta quinta-feira (1º), em Jaguari, de uma ação de fiscalização da Força-Tarefa do Programa Segurança Alimentar. A atividade foi solicitada pelo Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar, e participaram, além dos representantes da Agricultura, a vigilância sanitária municipal e estadual, delegacia do consumidor e patrulha ambiental da Brigada Militar.
Foram vistoriados quatro estabelecimentos, entre açougues e mercados, e foram apreendidos, ao todo, 1,06 tonelada de alimentos impróprios para o consumo. Os alimentos foram inutilizados e os comércios foram autuados. Dois locais tiveram seus depósitos interditados, além de uma máquina fatiadora, também interditada.
De acordo com o fiscal estadual agropecuário Rodrigo Fantinel, a Secretaria da Agricultura atua na inspeção das condições sanitárias dos produtos de origem animal, verificando se estão aptos para o consumo e inutilizando aqueles considerados irregulares. “Conferimos as condições de armazenagem, as temperaturas e as condições organolépticas dos produtos: lácteos, cárneos, ovos e mel”, explica.
Após a conferência, os fiscais estaduais agropecuários são responsáveis por lavrar o laudo pericial, com a finalidade de constatar que os produtos são imprópios e nocivos ao consumo humano. No caso de Jaguari, os problemas encontrados foram produtos sem procedência, com prazos de validade vencidos e outros sem a descrição da validade na rotulagem, falta de conservação em temperatura adequada, higienização precária e produtos que foram descongelados e congelados novamente, fazendo com que perdessem sua qualidade.
Mais de 800 quilos apreendidos em Sobradinho
Na quarta-feira (30), os agentes da Força-Tarefa estiveram em três estabelecimentos no município de Sobradinho, localizado na região Centro-Serra do Rio Grande do Sul. Ao todo, cerca de 833kg de alimentos impróprios para o consumo foram apreendidos durante a ação e os comércios foram autuados.
Os principais problemas encontrados (quase a totalidade deles em apenas um dos mercados) foram produtos com prazos de validade vencidos, falta de conservação em temperatura adequada e comercialização de produtos sem comprovação de origem.
Conforme o coordenador do Gaeco, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, neste local onde foi encontrada a maioria das irregularidades, foi identificado um depósito clandestino. “Lá estavam sendo armazenados todos os produtos que não podiam estar à vista, como torresmo, banha, bebidas, carnes e embutidos sem procedência, justamente para que a fiscalização não os encontrasse”, conta o promotor.
Com informação: AI Seapdr